Com duas partidas em casa, derrota de 2×0 para o Nacional e vitória de 3×2 sobre o Alianza, o Vasco da Gama iniciou sua oitava participação na Copa Libertadores. A primeira em 11 anos. O Vasco chega credenciado pela grande temporada de 2011, quando se classificou “duas vezes” para a Libertadores: campeão da Copa do Brasil e vice-campeão brasileiro.
I ) 1975: estréia decepcionante
Vasco enfrente o Deportivo Cáli em 1975
Regulamento: 21 participantes. Na fase de grupos, 20 equipes se dividem em 5 quadrangulares, disputados em turno e returno. Os vencedores de cada grupo se classificam para a fase semifinal. Na fase semifinal, os 5 classificados se juntam ao campeão do ano anterior e são divididos em dois triangulares, disputados em turno e returno. Os vencedores de cada grupo fazem a final. Este regulamento persistiu até 1987.
Campeão brasileiro pela primeira vez em 1974, o Vasco se classificou pela primeira vez para a competição continental. Estreou no dia 23 de fevereiro em Belo Horizonte, perdendo de 3×2 para o Cruzeiro. No início de março viajou para a Colômbia. No dia 9, empatou em 1×1 com o Atlético Nacional em Medellín. No dia 13, perdeu de 1×0 para o Deportivo Cáli. Com três partidas em seqüência no Rio de Janeiro, o Vasco ainda tinha chances de classificação. Porém dois empates, 1×1 com o Cruzeiro no dia 23 de março, e 0x0 com o Deportivo Cáli em 6 de abril, acabaram com as chances vascaínas. Já eliminado, o Vasco conquistou sua única vitória na competição. Em 10 de abril, venceu o Atlético Nacional por 2×0 em São Januário. Com 5 pontos marcados, foi o último colocado do grupo.
II) 1980: boa campanha, mas insuficiente
Vasco enfrenta o Inter de Falcão, em 1980
O Vasco se classificou para a Libertadores de 1980 como vice-campeão brasileiro de 1979. Estreou no dia 23 de março, no Maracanã, empatando em 0x0 com o Internacional. Em abril, viajou para a Venezuela. Em Caracas, no dia 13, empatou em 0x0 como Deportivo Galícia. No dia 17, em San Cristóbal, venceu o Deportivo Táchira por 1×0. De volta ao Brasil, perdeu para o Internacional por 2×1, no dia 20, em Porto Alegre. No dia 27, venceu o Deportivo Galícia por 4×0, em São Januário. No dia 30, precisava vencer e torcer por uma derrota do Internacional para se classificar. Um empate dos gaúchos pelo menos forçaria uma partida extra para decidir a vaga na fase seguinte. Em São Januário, o Vasco venceu o Deportivo Táchira por 1×0. Entretanto, a vitória do Internacional sobre o Deportivo Galícia relegou o Vasco à segunda posição no grupo, com 8 pontos, sendo assim eliminado.
III) 1985: campanha melancólica
Jornal dos Sports anuncia o empate em 3x3 com o Fluminense, na estreia em 1985
Novamente vice-campeão brasileiro em 1984, o Vasco classificou-se novamente para a Libertadores. Estreou no Maracanã em 23 de julho empatando em 3×3 com o Fluminense. Entretanto, como o Vasco escalou irregularmente o jogador Gersinho, o Fluminense ganhou os pontos da partida. Em 2 de agosto, jogando em São Januário, foi derrotado pelo Argentinos Juniors por 2×1. Na sequência, viajou para a Argentina. No dia 6 perdeu de 2×0 para o Ferro Carrol Oeste, e no dia 9 empatou em 2×2 com o Argentinos Juniors, os dois jogos em Buenos Aires. Em 15 de agosto, empatou novamente com o Fluminense no Maracanã: 0x0, encerrando qualquer chance de classificação. Já eliminado, o Vasco ainde recebeu o Ferro Carril Oeste no dia 30 de agosto, sendo derrotado por 2×0. Com apenas dois pontos conquistados em seis partida, o Vasco foi o último colocado em seu grupo e foi mais uma vez eliminado na fase de grupos.
IV) 1990: passando de fase, enfim.
Vasco perde a partida extra contra o Atlético Nacional, depois da anulação da partida de Medellín
regulamento: 21 participantes. Na fase de grupos, 20 equipes se dividem em 5 quadrangulares, disputados em turno e returno. Os 3 primeiros de cada grupo se classificam para as oitavas-de-final. Nas oitavas-de-final, os 15 classificados se juntam ao campeão do ano anterior, e seguem-se eliminatórias simples em ida e volta até a final. Este regulamento persistiu até 1999.
Campeão brasileiro pela segunda vez, em 1989, o Vasco classificou-se pela quarta vez para a Libertadores. Dessa vez, o regulamento havia mudado, e três das quatro equipes do grupo avançariam de fase. Em 14 de março, o Vasco estreou com derrota: 2×0 para o Grêmio, em Porto Alegre. No início de abril, viajou para o Paraguai, fazendo dois jogos em Assunção. No dia 3, perdeu de 2×1 para o Olímpia. No dia 6 empatou em 1×1 com o Cerro Porteño. Depois, foram três jogos em seqüência no Rio de Janeiro, todos em São Januário. Em 18 de abril, empate em 0x0 com o Grêmio. No dia 24, finalmente a primeira vitória: 2×0 sobre o Cerro Porteño. No dia 27, a vitória de 1×0 sobre o Olímpia, combinada com o empate do Grêmio, garantiram ao Vasco a terceira posição no grupo, com 6 pontos, e enfim a primeira passagem de fase em sua história no torneio.
A fase de mata-mata só foi disputada depois da Copa do Mundo. No dia 8 de agosto, o Vasco empatou em 0x0 com o Colo-Colo, no Rio de Janeiro. Uma semana depois, empatou em 3×3 em Santiago. Nos pênaltis, Acácio defendeu a cobrança de Espinoza, o Vasco venceu por 5×4 e se classificou para as quartas-de-final.
Nas quartas-de-final o adversário foi o Atlético Nacional, que defendia o título conquistado em 1989. Em 22 de agosto, jogando no Maracanã, empate em 0x0. Uma semana depois, em Medellín, o Atlético Nacional venceu por 2×0. Entretando, o Vasco alegou que a arbitragem atuara sob ameaça de traficantes locais. Quinze dias mais tarde, foi realizada nova partida, em Santiago. O Vasco perdeu novamente: 1×0, e foi eliminado.
V) 1998: o grande título
O capitão Mauro Galvão beija a taça em 1998
Campeão brasileiro pela terceira vez em 1997, o Vasco se classificou para sua quinta Libertadores. E o Vasco estreou da mesma maneira do que em 1990: derrota para o Grêmio em Porto Alegre. Desta vez, 1×0, no dia 4 de março. No dia 17, nova derrota: 1×0 para o Guadalajara, no México. No dia 20, nova viagem ao México, e empate em 1×1 com o América, na Cidade do México. A estréia em casa foi no dia 26 de março e foi em grande estilo: vitória de 3×0 sobre o Grêmio. Nas duas partidas seguintes no Rio de Janeiro, vitória de 2×0 sobre o Guadalajara em 3 de abril e no dia 9, já classificado, empate em 1×1 com o América. Com oito pontos, o Vasco foi o segundo colocado do grupo. Até então, o time cruz-maltino fazia campanha mediana como as anteriores, na Libertadores. No mata-mata, o time cresceu.
O adversário nas oitavas-de-final foi o Cruzeiro, que defendia o título conquistado em 1997. No dia 15 de abril, o Vasco venceu em São Januário: 2×1. Em 2 de maio, um empate em 0x0 em Belo Horizonte classificou o clube carioca.
Nas quartas-de-final, mais um adversário brasileiro. No dia 3 de junho, o Vasco foi a Porto Alegre e empatou em 1×1 com o Grêmio. Três dias depois, em São Januário, o Vasco venceu por 1×0, classificando-se pela primeira e única vez para as semifinais.
Em 16 de julho, o Vasco venceu o River Plate por 1×0 em São Januário. Seis dias depois, empatou em 1×1 no Monumental de Nuñez. O gol vascaíno, marcado por Juninho, até hoje é cantado pela torcida vascaína. O Vasco estava na final.
O jogo de ida foi disputado no dia 12 de agosto, no Rio de Janeiro. O Vasco venceu o Barcelona de Guayaquil por 2×0, ganhando boa vantagem para o jogo de volta. Duas semanas depois, em Guayaquil, o Vasco venceu novamente o Barcelona: 2×1, conquistando o maior título de sua história.
VI) 1999: participação curta
Por força do regulamento, até 1999 o campeão da Libertadores, além de se classificar para a edição seguinte, era dispensado da fase de grupos. Assim, em 1999, o Vasco defenderia seu título entrando na competição pré-classificado para as oitavas-de-final.
Seu adversário foi o Palmeiras. No dia 14 de abril, em São Paulo, empatou em 1×1. Uma semana mais tarde, jogando em casa, o Vasco perdeu por 4×2, sendo assim eliminado.
VII) 2001: 100%, até o Boca.
regulamento: 32 equipes divididas em 8 quadrangulares disputados em turno e returno. Os dois primeiros colocados de cada grupo avançam para as oitavas-de-final e seguem-se eliminatórias simples em ida e volta até a final. O regulamento foi o mesmo até 2003.
Em 2000, o Vasco conquistou a Copa João Havelange, que substituiu o Campeonato Brasileiro naquele ano, valendo para o Vasco seu quarto título brasileiro e a classificação para a terceira Libertadores em quatro temporadas.
No dia 14 de março, o Vasco estreou em grande estilo, vencendo o América em Cáli por 3×0. Uma semana depois, bateu o Deportivo Táchira em San Cristóbal por 1×0. Na seqüência, três jogos em São Januário. Em 5 de abril, o Vasco venceu o Peñarol por 2×1. Uma semana mais tarde, goleou o América por 4×1, garantindo a classificação para as oitavas-de-final com antecedência. No dia 21 de abril, venceu o Táchira por 3×2. Para encerrar a fase de grupos com inéditos 100% de aproveitamente, o Vasco venceu o Peñarol em Montevidéu, no dia 2 de maio, por 3×1.
No dia 9 de maio, estréia nas oitavas-de-final vencendo o Deportes Concepción por 3×1, em Concepción. Uma semana depois, nova vitória em São Januário: 1×0.
A campanha 100% do Vasco da Gama esbarrou no Boca Juniors, que defendia o título conquistado em 2000. Em 23 de maio, em São Januário, o Boca venceu por 1×0. Uma semana depois, na Bombonera, 3×0 para o Boca, que seguiu para novo título.
Uma curiosidade: a campanha vascaína em 2001 foi a única participação de Romário na Libertadores.