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Sísifo de luvas

Passar a eternidade empurrando uma pedra gigantesca montanha acima e ao chegar lá ao fim do dia, ela despencar ladeira abaixo e ter de ir buscar e começar tudo de novo no dia seguinte. Troque a mitologia grega pelo futebol, a pedra por uma bola, a montanha por uma trave, o dia por 90 minutos […]

Passar a eternidade empurrando uma pedra gigantesca montanha acima e ao chegar lá ao fim do dia, ela despencar ladeira abaixo e ter de ir buscar e começar tudo de novo no dia seguinte. Troque a mitologia grega pelo futebol, a pedra por uma bola, a montanha por uma trave, o dia por 90 minutos e o nome do personagem para Magrão.

O que este sujeito fez na partida contra o São Paulo foi algo no limite entre a realidade e o delírio. Aos 15 minutos de jogo, ele já tinha feito duas defesas impossíveis, que pareceram encorajar o restante do time a até equilibrar o jogo. No intervalo, a esperança de que finalmente o Sport poderia conseguir algo diferente de derrota para o Santa Cruz com grife em jogos na capital paulista.

Intervalo, a primeira tristeza: no Morumbi toca rock quando o time da casa entra em campo. E no intervalo também. Rock n’ Roll. Lembro da Ilha, onde toca pagodinho de corno, onde toca “Ai, ai, ai, ai, ai, ai, assim você mata o papai.” Será possível que ninguém se deu conta que um dos apelidos do Sport é Papai da Cidade?

Na etapa final, a coisa ficou ainda mais complicada, mas Magrão estava lá, defendendo bola de tudo quanto é jeito, de direita, de canhota, de cabeça, do jeito que tentassem ele estava lá. Nível “se goleiro tem sinônimo, é Magrão.”. Mas caia o frio e chuvoso início da noite, a hora que Sísifo chega ao alto da montanha, no rebote de uma outra defesa impossível, gol do São Paulo.

A pedra cai. A bola balança a rede. Uma das maiores atuações de um goleiro na história do futebol cai por terra aos 33 minutos do segundo tempo. 15 jogos em São Paulo contra eles, 15 derrotas. Mas ainda haviam 12 minutos e acréscimos. Não, não haviam. Mas esta não foi a segunda tristeza.

Esta estava reservada para a saída da arquibancada. Me deparo com o pai de Magrão, que já conhecia dos negros tempos da Segundona, em estádios de acesso mais fácil à saída dos vestiários.

“Sacanagem fizeram com teu filho, hein?”, digo-lhe.

“Pois é…”

Doeu. Muito.

E seguiu-se um curto debate técnico e tático com ênfase em um certo zagueiro que substituiu um meia inútil para reforçar a defesa e foi o grande responsável pela jogada que resultou no gol. Por coincidência, ex-atleta do adversário. Sem citar nomes.

Porque se é pra citar um nome nesse texto, é o de Magrão.

August 6th, 2012 | Published in Campeonato Brasileiro - Série A, Futebol  |  1 Comment


Aos que torcem o nariz para o futebol feminino

Vamos começar este texto com um belo nariz de cera. Aos desconhecedores da linguagem jornalística, dá-se este nome para aquele parágrafo de introdução que só atrasa o assunto do texto e nada acrescenta. Pois bem, nestas Olimpíadas 2012 vimos o debut do boxe feminino como modalidade dos Jogos e o pior desempenho do futebol feminino […]

Vamos começar este texto com um belo nariz de cera. Aos desconhecedores da linguagem jornalística, dá-se este nome para aquele parágrafo de introdução que só atrasa o assunto do texto e nada acrescenta. Pois bem, nestas Olimpíadas 2012 vimos o debut do boxe feminino como modalidade dos Jogos e o pior desempenho do futebol feminino do Brasil em uma edição do torneio.

Foi um prato cheio para os detratores do ludopédio mulheril. Aqui do meu canto, tenho lá minhas ressalvas quanto à maneira a qual o esporte bretão é disputado pelas moças, mas falar sobre isso é esticar o nariz de cera para o segundo parágrafo. Mas a verdade é que o assunto futebol feminino acaba aqui, pois o texto é sobre boxe feminino nas Olimpíadas.

Imbuído daquele velho espírito patriótico brasileiro que se manifesta em anos pares, alternando-se entre Copa do Mundo e, em menor escala, nos Jogos Olímpicos, parei para dar uma zapeada nos canais e me deparei com uma luta da categoria tal entre uma brasileira e uma colombiana. O resultado, foi a derrota e eliminação da brasuca.

O resultado é nada mais que resultado. Chegando finalmente ao cerne do texto, o lance é a luta em si. Convenhamos: não fosse o capacete protetor, teria até puxão de cabelo. Não fossem as luvas, teria unhada e arranhão. Esqueça o que viu em Menina de Ouro.

Nos quatro rounds de dois minutos cada, rolou soco no pescoço com adversária praticamente de costas, clinch “aproveitado” para dar soco nas costas, etc. Não sei lá o quanto mudam as regras do boxe em geral para o boxe feminino olímpico, mas foi algo digno de barraco, rebu, esse tipo de coisa. Se é interessante, divertido ou sadicamente machista de se assistir, confesso que até o momento em que escrevo estas linhas não tenho certeza.

Então, eis que a promessa do segundo parágrafo é descumprida. O futebol feminino volta a ser abordado, com uma sugestão aos sujeitos e sujeitas do título: se as meninas de chuteiras ainda te causam contrariedade, dá uma olhada nas garotas de luvas. Do lado de cá do monitor, vou me preparando para as porradas que vou levar das feministas. Ah,  a vitória da colombiana foi por pontos.

August 5th, 2012 | Published in futebol feminino


Futebol Olímpico

Na próxima quinta-feira, dia 26 de julho, a Seleção Brasileira iniciará sua 12ª participação em um torneio olímpico de futebol masculino. Apesar deste ser o título que nos falta, o currículo olímpico do futebol brasileiro não é desprezível. Só participamos menos do futebol olímpico masculino do que a Itália (15 participações) e os surpreendentes Estados […]

As medalhas dos jogos da XXX Olimpíada, Londres -2012

Na próxima quinta-feira, dia 26 de julho, a Seleção Brasileira iniciará sua 12ª participação em um torneio olímpico de futebol masculino. Apesar deste ser o título que nos falta, o currículo olímpico do futebol brasileiro não é desprezível. Só participamos menos do futebol olímpico masculino do que a Itália (15 participações) e os surpreendentes Estados Unidos (14 participações). As 11 participações anteriores renderam quatro medalhas. Duas de prata, em 1984 e 1988 e duas de bronze, em 1996 e 2008. Ao longo dos anos, o torneio olímpico de futebol masculino teve diversas assimetrias, o que explica porque o Brasil não conquistou nenhuma medalha durante a era de ouro de seu futebol,entre as décadas de 1950 e 1970, quando conquistou três Copas do Mundo em quatro edições.

O futebol está presente nos Jogos Olímpicos desde sua infância como esporte internacional. Fez sua estréia na II Olimpíada, em Paris – 1900. Entretanto, os dois primeiros torneios olímpicos não são reconhecidos pela FIFA, por terem sido disputados por clubes, e não propriamente seleções nacionais. O torneio de 1900 foi vencido pelo britânico Upton Park F,C,, de Londres. O torneio dos jogos de Saint Louis – 1904 foi vencido pelo Galt F.C., da cidade canadense homônima.

O time britânico campeão em 1908.

Os jogos de Londres – 1908 marcaram a estréia de seleções organizadas pelas federações nacionais. A seleção do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda conquistou a medalha de ouro. Os britânicos repetiram o ouro nos jogos seguintes, em Estocolmo – 1912. Os jogos de 1916 não se realizaram devido à I Guerra Mundial (1914-1918). Os jogos da Antuérpia – 1920 marcaram a primeira participação de uma seleção nacional de fora da Europa, o Egito. O ouro foi conquistado pela Bélgica, país-sede. Nos jogos de Paris – 1924, o futebol olímpico tomou caráter verdadeiramente mundial, com a segunda participação egípcia e, pela primeira vez, a participação de uma equipe sul-americana, o Uruguai. Os uruguaios maravilharam os europeus com exibições de gala que revolucionariam o esporte. Em 4 partidas rumo ao ouro, foram 17 gols marcados e apenas dois sofridos. Nos jogos seguintes, em Amsterdã – 1928, os uruguaios tiveram a companhia de outro país da América do Sul, a Argentina. E os dois países fizeram a final, com o Uruguai conquistando o bicampeonato, consolidando a mítica da Celeste Olímpica.

O Uruguai de 1924 perfilado.

Cabe considerar que os Jogos Olímpicos então admitiam apenas a participação de atletas amadores. Ao longo da década de 1920, o profissionalismo no futebol começou a se espalhar pela Europa. A restrição olímpica a atletas amadores impedia que as federações nacionais enviassem suas equipes com força total. Ao mesmo tempo, o futebol se provou o esporte mais popular nos jogos olímpicos na década de 1920. Era tempo da FIFA começar a capitalizar sozinha o sucesso do esporte que regulava. Desta forma, surgiu a Copa do Mundo da FIFA, em 1930. A Copa do Mundo foi um fator de esvaziamento do futebol olímpico tão grande que o esporte ficou de fora dos jogos de Los Angeles – 1932.

Apesar disso, a organização dos jogos de Berlim – 1936 resolveu pela volta da modalidade, prevendo que o time alemão tinha grandes chances. A Alemanha, entretanto, perdeu para a Noruega nas quartas-de-final e ficou fora da disputa das medalhas. A Itália, campeã mundial em 1934, conquistou o ouro.

Após a II Guerra Mundial (1939-1945), consolidados a Copa do Mundo e o profissionalismo no futebol nos países ocidentais, o torneio olímpico foi perdendo a importância. Como nos países do bloco socialista os clubes eram mantidos pelo Estado e os jogadores eram, tecnicamente, amadores, os países do bloco conquistaram total hegemonia, ficando com 23 das 27 medalhas disputadas entre 1948 e 1980. Nos jogos de Londres – 1948, o bloco socialista foi representado apenas pela Iugoslávia. Os iugoslavos perderam a final e o ouro para a Suécia. De 1952 em diante, domínio total dos comunistas.

A Hungria de 1952

Os jogos de Helsinque – 1952, marcaram a estréia do Brasil no futebol olímpico. Como não podia enviar jogadores profissionais, o Brasil era representado por equipes jovens. Na primeira participação, jogadores como Mauro, Zózimo e Vavá, que seis anos mais tarde conquistariam a Copa do Mundo. O Brasil chegou até as quartas-de-final, quando foi eliminado pela Alemanha. O ouro ficou com a Hungria, com o mesmo time-base que seria vice-campeão do mundo em 1954.

O Brasil ficou de fora dos jogos de Melbourne – 1956. O ouro foi conquistado pela União Soviética.

Nos jogos de Roma – 1960, o Brasil ficou na fase de grupos, depois de ser segundo colocado em seu grupo (apenas o primeiro lugar avançava) após derrota para a Itália. O ouro foi para a Iugoslávia. Em Tóquio – 1964, mais uma vez o Brasil ficou na fase de grupos, atrás da Tchecoslováquia e dos Emirados Árabes Unidos. A Hungria conquistou seu segundo ouro. O desempenho fraco se repetiu na Cidade do México – 1968, quando ficou atrás de Espanha e Japão. A Hungria conquistou o ouro pela terceira vez. Os jogos de Munique – 1972 foram a pior participação brasileira, duas derrotas (para Dinamarca e Irã) e um empate com a Hungria, apesar de jovens promissores na equipe, como Falcão, Roberto Dinamite, Rubens Galaxe e Abel Braga. A Polônia ficou com o ouro. Já a participação nos jogos de Montreal – 1976, foi a melhor do Brasil com times amadores. Chegou até a semifinal, quando foi derrotado pela então campeã Polônia. Na disputa pelo terceiro lugar, a medalha escapou na derrota para os soviéticos. A Alemanha Oriental conquistou a medalha de ouro.

De fora dos jogos de Moscou – 1980, onde o ouro ficou com a Tchecoslováquia, o Brasil retornou ao futebol olímpico em Los Angeles – 1984. Pela primeira vez, o país pôde levar profissionais, embora não a força máxima. O regulamento do futebol olímpico mudara. Poderiam ser escalados quaisquer jogadores, desde que nunca tivessem disputado uma Copa do Mundo. O Brasil chegou novamente à semifinal, onde enfrentou o time da Itália. O Brasil contava com jovens jogadores que teriam longa e vitoriosa carreira como Dunga, Mauro Galvão, Gilmar Rinaldi e Luiz Carlos Winck. Do lado italiano, Baresi, Massaro e Zenga. O Brasil venceu por 2×1 e classificou-se para sua primeira final olímpica. Na final, a França venceu por 2×0 e ficou com o ouro. O Brasil conquistava sua primeira medalha olímpica no futebol, a de prata.

Para os jogos de Seul – 1988, o Brasil levou um time que misturou jovens talentos (Romário, Bebeto, Taffarel, Mazinho e Jorginho seriam campeões do mundo em 1994. Ricardo Gomes fazia parte do time base para aquela Copa mas foi cortado por contusão) com jogadores experientes que não haviam disputado Copas do Mundo, como Andrade, Careca e Neto. O Brasil fez grande campanha, deixando pelo caminho a Argentina (nas quartas-de-final) e a Alemanha Ocidental na semifinal (quando Taffarel brilhou nos pênaltis pela primeira vez com a camisa da Seleção). Na final, o Brasil saiu na frente da União Soviética com um gol de Romário. Porém os soviéticos empataram e viraram já na prorrogação. O Brasil conquistava sua segunda medalha de prata.

Romário marca na final de 1988, mas o Brasil fica com a segunda prata consecutiva.

As regras para participação no torneio olímpico mudaram mais uma vez em Barcelona – 1992. A partir de então, só poderiam ser convocados jogadores abaixo dos 23 anos, permitindo-se a convocação de até três atletas com idade superior. Entretanto, o Brasil não conseguiu vaga no Pré-Olímpico. Pela primeira vez desde 1920, o ouro ficou com o país-sede, a Espanha. Campeão do Mundo em 1994, o Brasil chegou aos jogos de Atlanta – 1996 com aura de Dream Team. O técnico Zagallo, o mesmo da Seleção principal, tinha à disposição uma talentosa geração de jovens jogadores. Dida, Roberto Carlos, Juninho, Sávio, Luizão e, principalmente, Ronaldo. Tudo isso reforçado pelos veteranos Aldair e Bebeto, além do ainda jovem (porém acima de 23 anos) Rivaldo. Após um início irregular, o Brasil passou de fase e chegou até a semifinal. De forma surpreendente, após estar vencendo a Nigéria por 3×1, cedeu o empate, sofreu o gol de ouro na prorrogação e teve o consolo apenas de conquistar a medalha de bronze após golear Portugal na decisão do terceiro lugar. A Nigéria acabou conquistando o primeiro ouro africano no futebol. Nos Jogos de Sidney – 2000, o Brasil mais uma vez contou com o técnico da Seleção principal, Vanderlei Luxemburgo. Sem o mesmo favoritismo de quatro anos antes, o Brasil tinha nomes como Ronaldinho Gaúcho, Alex, Athirson e Lúcio. Após campanha irregular na fase de grupos, o Brasil sucumbiu nas quartas-de-final novamente contra um adversário africano: Camarões, que acabaria conquistando o ouro.

A Argentina, bicampeã olímpica em 2008, ficou de fora em 2012.

Nos jogos de Atenas – 2004, a Argentina conquistou seu primeiro ouro. O Brasil ficou mais uma vez de fora, retornando aos jogos em Pequim – 2008. Sem favoritismo, o time treinado por Dunga contou com jogadores como Thiago Silva, Marcelo, Hernanes, Alexandre Pato, Anderson e Rafael Sobis. Acima de 23 anos, o Brasil levou o já experiente Ronaldinho. O Brasil venceu todos os seus jogos até a semifinal, quando sucumbiu diante da Argentina comandada por Messi e Riquelme. A Argentina seguiu rumo ao bicampeonato olímpico. O Brasil conquistou seu segundo bronze após vencer a Bélgica.

July 23rd, 2012 | Published in Uncategorized


O Palmeiras venceu porque Felipão é gremista

Antes de explicar o título (do texto, porque da Copa do Brasil 2012 Felipão já ganhou), vamos aos fatos: o Grêmio perdeu por 2 x 0 em casa para um Palmeiras horrível. E não me venham dizer que Felipão é especialista em Copa do Brasil, mata-mata e o caralho. Felipão perdeu uma Eurocopa em casa […]

Antes de explicar o título (do texto, porque da Copa do Brasil 2012 Felipão já ganhou), vamos aos fatos: o Grêmio perdeu por 2 x 0 em casa para um Palmeiras horrível.

E não me venham dizer que Felipão é especialista em Copa do Brasil, mata-mata e o caralho. Felipão perdeu uma Eurocopa em casa para a Grécia, apesar de ser jogo único. Perdeu em casa para a Grécia.

O Grêmio perdeu a primeira partida semifinal em casa para Felipão. Para si mesmo. Ou seja, duas frases, aliás, três, para dizer a mesma coisa. Um parágrafo inteiro para dizer a mesma coisa (quatro frases).

Felipão é tão gremista que usou o fato do seu rival VanWanderleiey Luxemburgo treinar atualmente o Grêmio que ele tanto ama como incentivo adicional para vencer o Tricolor dos Pampas.

Luxemburgo é a falência do futebol-empresa fake que tomou o Brasil no embalo do Brasil do Plano Real da explosão grunge (ye-ye-yeah…). Hábil político, Luxemburgo foi democrático: fez o que pôde para falir um time em cada um dos estados onde estão os “12 grandes” do futebol nacional: Palmeiras, Atlético Mineiro e Flamengo. Faltava “romper a barreira do Sul”. Gracias, Grêmio.

O Palmeiras, Felipão insiste em dar um pouco da dignidade que o alviverde adquiriu durante sua história. O Atlético dá seus pulos. O Flamengo, bem, deixa ele se entender com o cabeludo dentuço que hoje joga em um tal de Galo…

Em cada um dos “predecessores”, ele conseguiu escrever o nome na história, como treinador campeão paulista de 2008, mineiro de 2010 e carioca invicto de 2011.

Já no Grêmio… recebeu a camisa 23 na apresentação, por coincidência o número do partido ao qual o dirigente máximo do Tricolor Gaúcho. Putz, uma daquelas vozes que habitam a cabeça dos paranóicos acabou de mandar um sms dizendo que um tal de Luxemburgo andou envolvido com política recentemente…

Mas até agora não se falou do tal jogo que Felipão ganhou porque é gremista. Bom, um gremista teria que ser muito burro pra achar que um Kleber voltando de contusão poderia ser decisivo em um jogo desses sendo escalado de início.

Kleber. Um exemplo de caráter, bom senso, equilíbrio. E além disso, um craque decisivo na conquista de inúmeros e importantes títulos pelos clubes que passou. Brasileiro, Libertadores, Mundial, ele ganhou, não ganhou?

E no banco, Marcelo Moreno. Que tem para o futebol a mesma relevância de Kleber, com o “diferencial” de ter sido convocado para a seleção do seu país. Tudo bem que seja a Bolívia, mas para quem tem um elenco limitado achar que Kleber quebrado é melhor que Marcelo Moreno inteiro…

Enfim, disseram na TV que Felipão teria falado em aposentadoria. Ganhar uma Copa do Brasil (que me perdoem os coxas, são-paulinos e os esperançosos gremistas, se é que estes existem) com um timeco como esse que tem o Palmeiras hoje, entregar o cargo, tirar férias e fazer sua despedida na casamata do time de coração na inauguração da arena do mesmo parece um negócio e tanto. #ficaadica

E por falar em nova arena, negócios, outra das tal vozes que habitam minha cabeça anda falando que Luxemburgo poderia estar de olho nisso, em um tal de Parque Antártica…

June 14th, 2012 | Published in Copa do Brasil, Futebol


O G-12 brasileiro

Neste sábado, 19 de maio, se inicia mais uma edição do Campeonato Brasileiro. Há alguns anos, é comum ouvir que o Brasileiro é o campeonato nacional mais disputado do mundo, pois aqui temos sempre, pelo menos 12 equipes grandes, capazes de conquistar o título, enquanto nos países europeus são sempre as mesmas duas ou três […]

Neste sábado, 19 de maio, se inicia mais uma edição do Campeonato Brasileiro. Há alguns anos, é comum ouvir que o Brasileiro é o campeonato nacional mais disputado do mundo, pois aqui temos sempre, pelo menos 12 equipes grandes, capazes de conquistar o título, enquanto nos países europeus são sempre as mesmas duas ou três equipes, no máximo quatro. Os “doze grandes” seriam os quatro grandes de São Paulo, os quatro grandes do Rio de Janeiro, a dupla Gre-Nal e a dupla Atlérico-Cruzeiro. Mas até que ponto os resultados mostram que o tal G-12 é uma realidade?

Analisando-se os resultados das principais competições nacionais (Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil) e internacionais (Copa Libertadores e Copa Sulamericana) nas últimas dez temporadas (2002-2011), chegamos à conclusão de que sim, o futebol brasileiro tem se concentrado cada vez mais em torno de um grupo de clubes, e esse grupo é bem próximo do pretenso G-12. A última equipe que não integra o grupo a ter conquistado o Brasileiro foi o Atlético Paranaense, coincidentemente em 2001, último ano antes do período analisado. Depois disso, o próprio Atlético foi o único outsider a beliscar pelo menos o vice-campeonato, em 2004. Além do Atlético Paranaense, poucas equipes de fora do G-12 conseguiram se classificar para a Libertadores neste período através do Brasileiro: São Caetano e Coritiba em 2003, o Goiás em 2005 e o Paraná em 2006. Nenhuma disputou a competição continental com destaque. A exceção, novamente, foi o Atlético: vice-campeão da Libertadores em 2005. Na Sulamericana, destaque para o Goiás, vice-campeão em 2010. Desde 2007, todos os classificados para a Libertadores através do Brasileiro são integrantes do G-12.

Na Copa do Brasil, o panorama é um pouco diferente, o que é facilitado pelo método de disputa em mata-mata e pelo fato de não ser disputada pelas equipes classificadas para a Libertadores no mesmo ano. Três outsiders foram campeões no período: Santo André (2004), Paulista (2005) e Sport (2008). Destes, apenas o Sport passou de fase na Libertadores, sendo eliminado nas oitavas-de-final. Outros quatro foram vice-campeões: Brasiliense (2002), Figueirense (2007), Vitória (2010) e Coritiba (2011).

 

Mas se as primeiras colocações do futebol brasileiro se concentram no pretenso G-12, nem todos os seus membros se concentram nas primeiras posições. Há diversos níveis de sucesso. Sem dúvida, o São Paulo foi o clube brasileiro de maior sucesso nas últimas dez temporadas. Campeão da Libertadores e do Mundo em 2005, vice da Libertadores em 2006, três vezes campeão brasileiro em 2006, 2007 e 2008 e sete vezes seguidas classificado para a Libertadores entre 2003 e 2009. Logo atrás, vem o Internacional. O melhor sucedido na arena internacional, com duas Libertadores (2006 e 2010), um Mundial (2006) e uma Sulamericana (2008). Na arena nacional, bateu na trave diversas vezes, com três vice-campeonatos brasileiros (2005, 2006 e 2009) e um da Copa do Brasil (2009). Chegando perto, está o Santos. Campeão da Libertadores em 2011, duas vezes campeão brasileiro (2002 e 2004), outras duas vezes vice-campeão (2003 e 2007) e campeão da Copa do Brasil em 2010.

Apesar de não brilhar nas competições internacionais, o Corinthians apresentou forte performance nacional, apesar do rebaixamento em 2007. Conquistou duas Copas do Brasil (2002 e 2009) e dois Brasileiros (2005 e 2011), além do vice da Copa do Brasil no ano que disputou a Série B, 2008.

Outros três clubes apresentaram conquistas importantes no período. O Cruzeiro conquistou o Brasileiro e a Copa do Brasil no mesmo ano, em 2003. Se classificou seguidas vezes para a Libertadores, foi vice-campeão em 2009 e ainda vice-campeão brasileiro em 2010. Depois de dois vices seguidos na Copa do Brasil, em 2003 e 2004, o Flamengo conquistou a Copa em 2006 e o Brasileiro em 2009, além de participar de 4 Libertadores em seis temporadas, sem no entanto brilhar em nenhuma delas. O Fluminense também foi vice da Copa do Brasil em 2005, para depois conquista-la em 2007, ser vice-campeão da Libertadores em 2008 e da Sulamericana em 2009, antes de ser campeão Brasileiro em 2010.

O Vasco da Gama é um caso curioso. Grassou pela mediocridade por toda a década. Sua melhor temporada era a de 2006, com um sexto lugar no Brasileiro e o vice da Copa do Brasil. A extensa má fase culminou com o rebaixamento em 2008. De volta à Série A em 2010, voltou a freqüentar o meio da tabela. Até que veio a excepcional temporada de 2011, com o título da Copa do Brasil e o vice-campeonato brasileiro, além de boa campanha na Copa Sulamericana.

Sobram quatro clubes do G-12 sem conquistas importantes nas últimas dez temporadas. Destes, sem dúvida o Grêmio apresenta as melhores campanhas, apesar do rebaixamento em 2004. Vice-campeão da Libertadores em 2007, vice-campeão brasileiro em 2008 e outras classificações para a principal competição continental. O Palmeiras, rebaixado em 2002, não chegou perto dos títulos. Conta como trunfos apenas três classificações para a Libertadores, todas em 4º lugar: 2004, 2005 e 2008.

Por fim, chegamos aos casos críticos: Botafogo e Atlético Mineiro. Os dois têm em comum mais do que as camisas listradas em branco e preto. Ambos passaram por rebaixamentos e chegaram perto dele outras vezes, ambos não participaram de nenhuma Libertadores no período, não chegaram a nenhuma final de Copa do Brasil (apesar de disputa-la em todos os anos) e não tiveram campanhas de destaque na Copa Sulamericana (conseguindo ficar de fora em alguns anos num torneio que chega a contar com a participação do 14º colocado do Brasileiro).

Seria o caso de reduzir o G-12 a um G-10 ou G-9? Na minha opinião, ainda não. Um clube se torna grande através das décadas por diversos aspectos. Performance, torcida e rivalidade são os principais. Ainda estamos longe do dia em que poderemos falar de futebol mineiro se referindo apenas ao Cruzeiro, ou excluir Botafogo e Palmeiras das rivalidades regionais de Rio e São Paulo. Além disso, se foram mal no período 2002-2011, esses clubes apresentaram bons ou ótimos resultados na década anterior, e 20 anos não é tanto tempo assim historicamente falando. O Palmeiras foi um dos clubes mais bem-sucedidos entre 1992 e 2001. Conquistou a Libertadores de 1999, dois Brasileiros (1993 e 1994) e uma Copa do Brasil (1998), além de ter sido vice da Libertadores em 2000, do Brasileiro em 1997 e da Copa do Brasil em 1996. Além de tudo isso, conquistou a Copa Mercosul, antecessora da Sulamericana, em 1998 e a primeira Copa dos Campeões, em 2000, competição que classificava para a Libertadores.

Já o Botafogo conquistou o Brasileiro em 1995 e foi vice da Copa do Brasil em 1999. O Atlético Mineiro, se não foi campeão, chegava nas primeiras posições. Vice-campeão Brasileiro em 1999, disputou as semifinais do campeonato em 1994, 1996 e 2001. O caso do Vasco está aí pra mostrar que quem é grande por tradição pode voltar a agir como tal depois de logos períodos de mediocridade.

Conclusão? Temos sim um G-12, se for para considerar aspectos ampliados, além da performance. Mas, por isso mesmo, pela heterogeneidade dentro do grupo, não dá pra considerar todos os 12 com chances de título todos os anos.

May 18th, 2012 | Published in Campeonato Brasileiro - Série A  |  1 Comment


Final do Estadual em dois jogos. Para quê?

Ontem (13 de maio), o Fluminense venceu o Botafogo por 1×0 e conquistou seu 31º título carioca. Por mais que o Estadual esteja cada vez menos valorizado, caneco é caneco. No dia da partida, os bares ficam até tarde tomados pelos grupos de torcedores em comemoração. Nos dias seguintes ao título, as ruas se enchem […]

Ontem (13 de maio), o Fluminense venceu o Botafogo por 1×0 e conquistou seu 31º título carioca. Por mais que o Estadual esteja cada vez menos valorizado, caneco é caneco. No dia da partida, os bares ficam até tarde tomados pelos grupos de torcedores em comemoração. Nos dias seguintes ao título, as ruas se enchem de camisas campeãs, as janelas se enfeitam com bandeiras, as pessoas colam os pôsteres dos jornais na parede do escritório. Enquanto isso, no Engenhão, 20 mil pagantes. Metade do estádio. Por quê?

A baixa média de público foi a tônica do Carioca 2012. A falta de apelo do Engenhão, ingressos caros, concorrência da Libertadores (sobretudo quando os clubes cariocas voltam a freqüentar a parte de cima da tabela do Brasileiro e a participar regularmente da competição continental), transmissão ao vivo da TV, jogos ruins, tudo deve ser levado em consideração. No caso das finais, em minha opinião o que pesou mais para o esvaziamento foi o esquema da final em duas partidas. Trinta anos atrás, fazia sentido jogar o maior número de partidas possíveis para definir o campeão. O Estadual era muito mais valorizado. Raramente uma equipe disputava a Libertadores em paralelo (apenas duas equipes se classificavam por país) e os ingressos eram mais baratos. Lotava-se o Maracanã em tantas partidas quanto fosses disputadas.

Hoje, o Estadual se banalizou. Num torneio dominado pelos times da capital e no qual o regulamento define de antemão que as finais serão realizadas no principal estádio em funcionamento no estado, não se aplica a necessidade de ida e volta por conta de mando de campo. Em termos técnicos, portanto, não se justifica a realização de duas partidas para decidir o campeão. Quando juntamos todos os fatores listados no parágrafo anterior para o esvaziamento das arquibancadas e ainda temos um quadro no qual uma equipe cria uma grande vantagem na primeira partida, o resultado é o que tivemos ontem: arquibancadas meia-bomba para um jogo meia-bomba. Domingo passado, muita gente preferiu ficar em casa, afinal, “não se decidia nada”. A finalíssima seria apenas na semana seguinte. Pelas características do jogo, é muito comum a partida de ida nas finais de Estadual terminarem empatadas. Nenhuma equipe sai pro jogo, se arrisca. Em torneios nacionais/internacionais, o dono da casa vai pra frente. Quer fazer valer a vantagem do mando de campo. Num jogo em campo neutro, isso não existe. É só mapear as finais dos principais estaduais em 2012. À exceção de Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina, a primeira partida da decisão de todos os estados com equipes na Série A terminou empatada. O torcedor não é bobo, sabe disso. Então muita gente prefere guardar o dinheiro e a disposição para a segunda partida. Só que este ano a decisão carioca fugiu à regra. O Fluminense fez 4×1 e praticamente assegurou o troféu. Só botafoguenses de muita fé ou resignação pagaram R$40 ou R$60 para passar metade de um Dia das Mães chuvoso nas arquibancadas (ou em trânsito de ida e volta) para ver seu time confirmar o vice-campeonato. Por outro lado, alguns tricolores empolgados com a Libertadores preferiram guardar seu dinheiro para as quartas-de-final contra o Boca Juniors e comemoram o título em seus almoços familiares de Dia das Mães.

Uma decisão em partida única traria várias vantagens. É garantia de casa cheia. As equipes começam em igualdade de condições. As expectativas das duas torcidas tendem a ser iguais. Cria-se um evento único. “Decisão!”, “Finalíssima!”, “É hoje!”, “Tudo ou nada!”. Os jornais se enchem de maiúsculas, exclamações e superlativos. Por fim, libera-se uma data em nosso apertado calendário. Como evidência empírica dessa teoria, basta verificar que o público das finais de turno, disputadas em jogo único, foram superiores às das finais do campeonato. O que mais justificaria um público maior em jogos que definem os finalistas do que nas partidas em si entre esses finalistas?

O que foi escrito aqui vale para o Carioca, mas não vejo porque não possa ser adotado também em São Paulo e em Minas Gerais, estados onde não é incomum equipes do interior chegarem à decisão. Contudo, quando isso acontece, as federações acabam marcando os jogos para estádios na capital, sob o argumento da capacidade e das condições técnicas. Então, se é pra marcar em estádio neutro, que seja logo um jogo só.

Já nos estados do Sul, apesar do domínio dos times da capital (menor em Santa Catarina, é verdade), a decisão em duas partidas acaba fazendo sentido pelo fato de cada time ter seu estádio e valorizarem muito o seu mando. Imagine uma final em partida única no Gaúcho e a briga para decidir se o Gre-Nal seria no Olímpico ou no Beira-Rio? Acabariam jogando no Passo d’Areia.

May 14th, 2012 | Published in Uncategorized


O Fluminense na Libertadores

Classificado como o terceiro colocado no Campeonato Brasileiro de 2011, o Fluminense iniciou de maneira empolgante sua quinta participação na Libertadores, com duas vitórias, sendo uma delas emblemática, sobre o Boca Juniors em plena Bombonera. O currículo do tricolor na competição é mais curto do que os das demais equipes brasileiras que participam da edição […]

Classificado como o terceiro colocado no Campeonato Brasileiro de 2011, o Fluminense iniciou de maneira empolgante sua quinta participação na Libertadores, com duas vitórias, sendo uma delas emblemática, sobre o Boca Juniors em plena Bombonera. O currículo do tricolor na competição é mais curto do que os das demais equipes brasileiras que participam da edição 2012 do torneio continental, porém não desprovido de partidas épicas, grandes alegrias e desilusões, como convém à Libertadores.

I) 1971: uma ótima campanha, que desandou de repente. 

Time do Fluminense forma para enfrentar o Deportivo Galícia, em 1971

Regulamento: 21 participantes. Na fase de grupos, 20 equipes se dividem em 5 quadrangulares, disputados em turno e returno. Os vencedores de cada grupo se classificam para a fase semifinal. Na fase semifinal, os 5 classificados se juntam ao campeão do ano anterior e são divididos em dois triangulares, disputados em turno e returno. Os vencedores de cada grupo fazem a final. Este regulamento persistiu até 1987.

Campeão da última edição do Torneio Roberto Gomes Pedrosa em 1970, a única competição nacional daquele ano, o Fluminense se classificou para a Copa Libertadores do ano seguinte. A estréia, no dia 29 de janeiro, não poderia ter sido melhor: vitória de 2×0 sobre o Palmeiras, em pleno Pacaembu. Em fevereiro, o tricolor viajou para a Venezuela e voltou de Caracas com 100% de aproveitamento. Venceu o Deportivo Galícia por 3×1 no dia 14 e, no dia 17, aplicou sonoros 6×0 no Deportivo Itália.

Estreando em casa, no dia 28 de fevereiro, o Fluminense goleou o Deportivo Galícia por 4×1, mantendo 100% de aproveitamento na competição. No dia 3 de março, entretando, um inesperado revés: em pleno Maracanã o Flu perdeu de 1×0 para o modesto Deportivo Itália, o mesmo que havia levado de seis semana antes, na Venezuela. O resultado deixou o Fluminense com o mesmo número de pontos do Palmeiras, na liderança do grupo. A posição e a vaga na fase seguinte seriam definidas no confronto direto da última rodada, no Maracanã. E o Fluminense sofreu novo revés em casa: o Palmeiras venceu por 3×1, e o Flu, após a arrancada inicial, acabou ficando pelo caminho.

 II)                 1985: abaixo da crítica

 

Campeão Brasileiro pela primeira vez em 1984, o Fluminense voltou à Libertadores. O Flu estreou no dia 23 de julho, no Maracanã, empatando em 3×3 com o Vasco da Gama. Semanas depois, acabou levando os pontos do jogo devido à escalação irregular do jogador Gersinho, pelo cruzmaltino. No dia 5 de agosto o Tricolor recebeu o Argentinos Juniors no Rio de Janeiro e foi derrotado por 1×0. No dia 15, novamente no Maracanã, outro empate com o Vasco, mas dessa vez valeu: 0x0. Na seqüência, o Fluminense viajou à Argentina, e voltou de Buenos Aires eliminado. Foram duas derrotas por 1×0, no dia 20 para o Ferro Carril Oeste e no dia 23 para o Argentinos Juniors. O Fluminense encerrou a melancólica campanha, sem nenhuma vitória conquistada em campo, no dia 27 de agosto, empatando com o Ferro Carril Oeste no Maracanã vazio (1.354 pagantes) em 0x0. Com 4 pontos, ficou em terceiro lugar no grupo, a frente apenas do Vasco.

III) 2008: uma campanha épica com o gosto amargo do quase

 

regulamento: 38 equipes. 26 pré-classificadas para a fase de grupos, 12 (a última classificada de cada país e os dois últimos classificados do país do clube campeão no ano anterior) tendo que disputar uma fase eliminatória simples, com jogos de ida e volta. Na fase de grupo, os 26 pré-classificados se juntam aos 6 vencedores da fase eliminatória e são divididos em 8 quadrangulares, disputados em turno e returno. Os dois primeiros colocados de cada grupo avançam para as oitavas-de-final, de onde seguem eliminatórias simples em ida e volta até a final. O regulamento é o mesmo desde então, à exceção de 2010.

Após 23 anos sem títulos nacionais, o Fluminense conquistou a Copa do Brasil de 2007 e voltou à Libertadores, da qual esteve longe pelo mesmo longo período. Estreou no dia 20 de fevereiro, empatando em 0x0 com a LDU em Quito. No dia 5 de março, estreou em casa em noite de gala, aplicando 6×0 no Arsenal. Duas semanas mais tarde, viajou ao Paraguai e voltou com três pontos, após a vitória de 2×1 sobre o Libertad. No dia 2 de abril, nova vitória sobre o Libertad, agora 2×0 no Rio de Janeiro. Uma semana mais tarde, foi a Sarandí, na Argentina, e sofreu a primeira derrota: 2×0 para o Arsenal. O Fluminense encerrou a participação na fase de grupos vencendo a LDU, no Maracanã, por 1×0. Com 13 pontos, não apenas se classificou para as oitavas-de-final em primeiro lugar no grupo, como obteve a melhor campanha da fase de grupos, permitindo-lhe o privilégio de decidir em casa em todas as fases do mata-mata.

 No dia 30 de abril, o Fluminense viajou à Colômbia e venceu o Atlético Nacional por 2×1, em Medellín. No dia 6 de maio, venceu novamente, agora por 1×0, no Rio de Janeiro, garantindo a passagem para as quartas-de-final.

 Nas quartas, um confronto de tricolores. O adversário do tricolor carioca era o tricolor paulista. No dia 14 de maio, o São Paulo venceu no Morumbi, por 1×0. Uma semana depois, o Fluminense venceu por 3×1 no Maracanã. O gol que garantiu a vaga na semifinal saiu aos 46’ do segundo tempo.

Na semifinal, o adversário do Fluminense era o temido Boca Juniors. Além de defender o título conquistado em 2007, o Boca havia conquistado outras três Copas Libertadores entre 2000 e 2003. Com a Bombonera interditada devido a incidentes, o Boca mandou o jogo de ida, em 28 de maio, em Avellaneda. O resultado: 2×2. Uma semana mais tarde, no Maracanã, o Boca saiu na frente, mas o Flu virou: 3×1. O Fluminense estava na final.

Após eliminar dois multicampeões da Libertadores nas fases anteriores, o adversário tricolor na final era a LDU. Jamais um clube equatoriano havia conquistado uma competição sul-americana. No jogo de ida, em 25 de junho, o Flu sentiu a altitude de Quito e perdeu por 4×2. A volta foi uma semana mais tarde, no Maracanã. E o Fluminense mais uma vez saiu perdendo, e mais uma vez virou o placar: 3×1. Só que os dois gols de diferença foram suficientes apenas para levar a decisão para a prorrogação. Após o tempo extra sem gols, a decisão foi para os pênaltis. Apenas Cícero marcou para o Flu. Conca, Thiago Neves e Washington desperdiçaram suas cobranças. A LDU, mais competente, anotou três de suas cobranças, e relegou o vice-campeonato ao Tricolor.

IV)              2011: superação desperdiçada 

Após classificação épica, o Fluminense acabou eliminado nas oitavas.

Campeão Brasileiro pela segunda vez, em 2010, o Fluminense voltou à Libertadores três anos após o vice-campeonato de 2008. Dessa vez, com o Maracanã em obras visando a Copa do Mundo de 2014, o clube carioca teria que mandar seus jogos no Engenhão. O apoio da torcida, intenso na campanha do vice-campeonato, rareou. 

Na estréia, em 9 de fevereiro, empate em 2×2 com o Argentinos Juniors, no Rio de Janeiro. Oito dias depois, novo empate em casa: 0x0 com o Nacional. A situação ficou ainda mais difícil após a derrota de 1×0 para o América, no México, em 2 de março. Como agravante, o técnico Muricy Ramalho, campeão brasileiro no anterior, deixou o clube alegando falta de estrutura, dias depois. Com apenas dois pontos marcados, sem técnico e com apenas uma partida em casa no returno, a classificação era remota. O Fluminense aumentou suas chances após vencer o América no Engenhão por 3×2, no dia 23 de março. Entretando, nova derrota, por 2×0, para o Nacional, em Montevidéu, no dia 6 de abril, deixou o Flu em situação difícil. Porém uma combinação de resultados havia dado uma chance na última rodada. Se o Nacional perdesse em casa para o América e o Fluminense vencesse o Argentinos Juniors em Buenos Aires, o Flu estaria classificado. Se houvesse empate em Montevidéu, o Flu precisava vencer por dois gols de diferença. E aconteceu o empate no jogo do Nacional. Em Buenos Aires, o Fluminense venceu por 4×2, com gol no fim, e se classificou para as oitavas-de-final. 

No mata-mata, o Fluminense recebeu o Libertad no dia 28 de abril e venceu por 3×1. Entretanto, na partida de volta em Assunção, no dia 4 de maio, o Fluminense levou três gols apenas no segundo tempo, e a derrota de 3×0 o eliminou.

March 12th, 2012 | Published in Uncategorized


A matemática prova que Marcelinho é quase a soma de Messi e Neymar

De tarde, Messi. No começo da noite, Neymar. Pra fechar a noite, Sport x Araripina. É a mesma coisa de tomar um café da manhã farto, ir a um churrasco no almoço e pra fechar a noite uma buchada de bode antes de dormir. Pra preparar a buchada, tem que abater o bode que por […]

De tarde, Messi. No começo da noite, Neymar. Pra fechar a noite, Sport x Araripina. É a mesma coisa de tomar um café da manhã farto, ir a um churrasco no almoço e pra fechar a noite uma buchada de bode antes de dormir.

Pra preparar a buchada, tem que abater o bode que por coincidência é o mascote do Araripina. E buchada demora um tempinho cozinhando.

E lá vai o Sport cozinhar o jogo, temperando com um punhado de gols perdidos.

Até que Marcelinho Paraíba, que uns comediantes esportivos chama de Messelinho, acerta um golaço de falta. Que Messelinho que nada. Messi é que é o Messilinho Paraíba.

Marcelinho Paraíba joga o que Messi estará jogando se conseguir manter a carreira até os 36 anos, jogando domingo aos 42 graus e quarta à dez da noite depois que o todo mundo já tinha visto Messi e Neymar, que se inspirou em Marcelinho Paraíba para criar penteados de bom gosto.

Duvido Neymar ou Messi fazer o gol que Marcelinho fez quando estiverem com 36 anos, uma ruma de filho pra criar e ainda acusação de estupro. Inspirou até reality show. Pra Marcelinho deu cadeia, pro reality show deu audiência.

Na Catalunha, teve torcedor do Barcelona que foi embora depois do quinto gol do time quando já entraram em campo com vantagem de dois gols e nem viram Messi se tornar o primeiro jogador da história da Champions League a marcar cinco no mesmo jogo.

Na Vila Belmiro, Neymar criou obras-primas que aprendeu vendo Marcelinho Paraíba jogar em campo, no videogame e no youtube bem antes de se profissionalizar.

No Recife, para um público numericamente intermediário entre o da Vila e o da Catalunha, é claro que o time não poderia entediar seus expectadores, já que o jogo tem 90 minutos e você tem que assistir até o fim.

Então é um tal de tomar um gol só pra gente lembrar que os cinco gols de Messi, os três de Neymar valeram a mesma coisa que os dois de Marcelinho Paraíba. Três pontos.

E para entender que Neymar e Messi precisam ser somados para para ultrapassar (por pouco) o talento de Marcelinho basta um pouquinho de conhecimento de matemática:

(10 x 5) + (3 x 11) > 80 + 2

Os cinco gols de Messi multiplicados pela camisa 10 que ele usa somado com os três de Neymar multiplicados pela 11 do craque santista dá 83. Marcelinho Paraíba usando a 80 somado aos dois gols que fez, dá 82. Simples assim.

Você também pode ler este post neste concorrente de menor expressão

March 9th, 2012 | Published in Futebol


O Vasco da Gama na Libertadores

Com duas partidas em casa, derrota de 2×0 para o Nacional e vitória de 3×2 sobre o Alianza, o Vasco da Gama iniciou sua oitava participação na Copa Libertadores. A primeira em 11 anos. O Vasco chega credenciado pela grande temporada de 2011, quando se classificou “duas vezes” para a Libertadores: campeão da Copa do […]

Com duas partidas em casa, derrota de 2×0 para o Nacional e vitória de 3×2 sobre o Alianza, o Vasco da Gama iniciou sua oitava participação na Copa Libertadores. A primeira em 11 anos. O Vasco chega credenciado pela grande temporada de 2011, quando se classificou “duas vezes” para a Libertadores: campeão da Copa do Brasil e vice-campeão brasileiro.

I ) 1975: estréia decepcionante 

Vasco enfrente o Deportivo Cáli em 1975

Regulamento: 21 participantes. Na fase de grupos, 20 equipes se dividem em 5 quadrangulares, disputados em turno e returno. Os vencedores de cada grupo se classificam para a fase semifinal. Na fase semifinal, os 5 classificados se juntam ao campeão do ano anterior e são divididos em dois triangulares, disputados em turno e returno. Os vencedores de cada grupo fazem a final. Este regulamento persistiu até 1987.

Campeão brasileiro pela primeira vez em 1974, o Vasco se classificou pela primeira vez para a competição continental. Estreou no dia 23 de fevereiro em Belo Horizonte, perdendo de 3×2 para o Cruzeiro. No início de março viajou para a Colômbia. No dia 9, empatou em 1×1 com o Atlético Nacional em Medellín. No dia 13, perdeu de 1×0 para o Deportivo Cáli. Com três partidas em seqüência no Rio de Janeiro, o Vasco ainda tinha chances de classificação. Porém dois empates, 1×1 com o Cruzeiro no dia 23 de março, e 0x0 com o Deportivo Cáli em 6 de abril, acabaram com as chances vascaínas. Já eliminado, o Vasco conquistou sua única vitória na competição. Em 10 de abril, venceu o Atlético Nacional por 2×0 em São Januário. Com 5 pontos marcados, foi o último colocado do grupo.

 II) 1980: boa campanha, mas insuficiente

Vasco enfrenta o Inter de Falcão, em 1980

O Vasco se classificou para a Libertadores de 1980 como vice-campeão brasileiro de 1979. Estreou no dia 23 de março, no Maracanã, empatando em 0x0 com o Internacional. Em abril, viajou para a Venezuela. Em Caracas, no dia 13, empatou em 0x0 como Deportivo Galícia. No dia 17, em San Cristóbal, venceu o Deportivo Táchira por 1×0. De volta ao Brasil, perdeu para o Internacional por 2×1, no dia 20, em Porto Alegre. No dia 27, venceu o Deportivo Galícia por 4×0, em São Januário. No dia 30, precisava vencer e torcer por uma derrota do Internacional para se classificar. Um empate dos gaúchos pelo menos forçaria uma partida extra para decidir a vaga na fase seguinte. Em São Januário, o Vasco venceu o Deportivo Táchira por 1×0. Entretanto, a vitória do Internacional sobre o Deportivo Galícia relegou o Vasco à segunda posição no grupo, com 8 pontos, sendo assim eliminado.

 III) 1985: campanha melancólica 

Jornal dos Sports anuncia o empate em 3x3 com o Fluminense, na estreia em 1985

Novamente vice-campeão brasileiro em 1984, o Vasco classificou-se novamente para a Libertadores. Estreou no Maracanã em 23 de julho empatando em 3×3 com o Fluminense. Entretanto, como o Vasco escalou irregularmente o jogador Gersinho, o Fluminense ganhou os pontos da partida. Em 2 de agosto, jogando em São Januário, foi derrotado pelo Argentinos Juniors por 2×1. Na sequência, viajou para a Argentina. No dia 6 perdeu de 2×0 para o Ferro Carrol Oeste, e no dia 9 empatou em 2×2 com o Argentinos Juniors, os dois jogos em Buenos Aires. Em 15 de agosto, empatou novamente com o Fluminense no Maracanã: 0x0, encerrando qualquer chance de classificação. Já eliminado, o Vasco ainde recebeu o Ferro Carril Oeste no dia 30 de agosto, sendo derrotado por 2×0. Com apenas dois pontos conquistados em seis partida, o Vasco foi o último colocado em seu grupo e foi mais uma vez eliminado na fase de grupos. 

IV) 1990: passando de fase, enfim.

Vasco perde a partida extra contra o Atlético Nacional, depois da anulação da partida de Medellín

regulamento: 21 participantes. Na fase de grupos, 20 equipes se dividem em 5 quadrangulares, disputados em turno e returno. Os 3 primeiros de cada grupo se classificam para as oitavas-de-final. Nas oitavas-de-final, os 15 classificados se juntam ao campeão do ano anterior, e seguem-se eliminatórias simples em ida e volta até a final. Este regulamento persistiu até 1999.

Campeão brasileiro pela segunda vez, em 1989, o Vasco classificou-se pela quarta vez para a Libertadores. Dessa vez, o regulamento havia mudado, e três das quatro equipes do grupo avançariam de fase. Em 14 de março, o Vasco estreou com derrota: 2×0 para o Grêmio, em Porto Alegre. No início de abril, viajou para o Paraguai, fazendo dois jogos em Assunção. No dia 3, perdeu de 2×1 para o Olímpia. No dia 6 empatou em 1×1 com o Cerro Porteño. Depois, foram três jogos em seqüência no Rio de Janeiro, todos em São Januário. Em 18 de abril, empate em 0x0 com o Grêmio. No dia 24, finalmente a primeira vitória: 2×0 sobre o Cerro Porteño. No dia 27, a vitória de 1×0 sobre o Olímpia, combinada com o empate do Grêmio, garantiram ao Vasco a terceira posição no grupo, com 6 pontos, e enfim a primeira passagem de fase em sua história no torneio.

A fase de mata-mata só foi disputada depois da Copa do Mundo. No dia 8 de agosto, o Vasco empatou em 0x0 com o Colo-Colo, no Rio de Janeiro. Uma semana depois, empatou em 3×3 em Santiago. Nos pênaltis, Acácio defendeu a cobrança de Espinoza, o Vasco venceu por 5×4 e se classificou para as quartas-de-final.

Nas quartas-de-final o adversário foi o Atlético Nacional, que defendia o título conquistado em 1989. Em 22 de agosto, jogando no Maracanã, empate em 0x0. Uma semana depois, em Medellín, o Atlético Nacional venceu por 2×0. Entretando, o Vasco alegou que a arbitragem atuara sob ameaça de traficantes locais. Quinze dias mais tarde, foi realizada nova partida, em Santiago. O Vasco perdeu novamente: 1×0, e foi eliminado.

 V) 1998: o grande título 

O capitão Mauro Galvão beija a taça em 1998

Campeão brasileiro pela terceira vez em 1997, o Vasco se classificou para sua quinta Libertadores. E o Vasco estreou da mesma maneira do que em 1990: derrota para o Grêmio em Porto Alegre. Desta vez, 1×0, no dia 4 de março. No dia 17, nova derrota: 1×0 para o Guadalajara, no México. No dia 20, nova viagem ao México, e empate em 1×1 com o América, na Cidade do México. A estréia em casa foi no dia 26 de março e foi em grande estilo: vitória de 3×0 sobre o Grêmio. Nas duas partidas seguintes no Rio de Janeiro, vitória de 2×0 sobre o Guadalajara em 3 de abril e no dia 9, já classificado, empate em 1×1 com o América. Com oito pontos, o Vasco foi o segundo colocado do grupo. Até então, o time cruz-maltino fazia campanha mediana como as anteriores, na Libertadores. No mata-mata, o time cresceu.

O adversário nas oitavas-de-final foi o Cruzeiro, que defendia o título conquistado em 1997. No dia 15 de abril, o Vasco venceu em São Januário: 2×1. Em 2 de maio, um empate em 0x0 em Belo Horizonte classificou o clube carioca.

Nas quartas-de-final, mais um adversário brasileiro. No dia 3 de junho, o Vasco foi a Porto Alegre e empatou em 1×1 com o Grêmio. Três dias depois, em São Januário, o Vasco venceu por 1×0, classificando-se pela primeira e única vez para as semifinais.

Em 16 de julho, o Vasco venceu o River Plate por 1×0 em São Januário. Seis dias depois, empatou em 1×1 no Monumental de Nuñez. O gol vascaíno, marcado por Juninho, até hoje é cantado pela torcida vascaína. O Vasco estava na final.

O jogo de ida foi disputado no dia 12 de agosto, no Rio de Janeiro. O Vasco venceu o Barcelona de Guayaquil por 2×0, ganhando boa vantagem para o jogo de volta. Duas semanas depois, em Guayaquil, o Vasco venceu novamente o Barcelona: 2×1, conquistando o maior título de sua história.

VI) 1999: participação curta

Por força do regulamento, até 1999 o campeão da Libertadores, além de se classificar para a edição seguinte, era dispensado da fase de grupos. Assim, em 1999, o Vasco defenderia seu título entrando na competição pré-classificado para as oitavas-de-final.

Seu adversário foi o Palmeiras. No dia 14 de abril, em São Paulo, empatou em 1×1. Uma semana mais tarde, jogando em casa, o Vasco perdeu por 4×2, sendo assim eliminado.

VII) 2001: 100%, até o Boca.

 

regulamento: 32 equipes divididas em 8 quadrangulares disputados em turno e returno. Os dois primeiros colocados de cada grupo avançam para as oitavas-de-final e seguem-se eliminatórias simples em ida e volta até a final. O regulamento foi o mesmo até 2003.

Em 2000, o Vasco conquistou a Copa João Havelange, que substituiu o Campeonato Brasileiro naquele ano, valendo para o Vasco seu quarto título brasileiro e a classificação para a terceira Libertadores em quatro temporadas.

No dia 14 de março, o Vasco estreou em grande estilo, vencendo o América em Cáli por 3×0. Uma semana depois, bateu o Deportivo Táchira em San Cristóbal por 1×0. Na seqüência, três jogos em São Januário. Em 5 de abril, o Vasco venceu o Peñarol por 2×1. Uma semana mais tarde, goleou o América por 4×1, garantindo a classificação para as oitavas-de-final com antecedência. No dia 21 de abril, venceu o Táchira por 3×2. Para encerrar a fase de grupos com inéditos 100% de aproveitamente, o Vasco venceu o Peñarol em Montevidéu, no dia 2 de maio, por 3×1.

No dia 9 de maio, estréia nas oitavas-de-final vencendo o Deportes Concepción por 3×1, em Concepción. Uma semana depois, nova vitória em São Januário: 1×0.

A campanha 100% do Vasco da Gama esbarrou no Boca Juniors, que defendia o título conquistado em 2000. Em 23 de maio, em São Januário, o Boca venceu por 1×0. Uma semana depois, na Bombonera, 3×0 para o Boca, que seguiu para novo título.

Uma curiosidade: a campanha vascaína em 2001 foi a única participação de Romário na Libertadores.

March 8th, 2012 | Published in Uncategorized


Ataque de nervos no Alto da Glória

Nas palavras do colega Rodrigo Sell, que cobre o Coritiba pra Tribuna: “O Coritiba venceu o Toledo, completou 45 jogos sem perder no Campeonato Paranaense e mesmo assim está à beira de um ataque de nervos!”. A crítica em tom de espanto faz todo o sentido e vale também ao elenco, mas não deve surpreender […]

Nas palavras do colega Rodrigo Sell, que cobre o Coritiba pra Tribuna: “O Coritiba venceu o Toledo, completou 45 jogos sem perder no Campeonato Paranaense e mesmo assim está à beira de um ataque de nervos!”.

A crítica em tom de espanto faz todo o sentido e vale também ao elenco, mas não deve surpreender quem acompanha o comportamento da torcida do Coritiba, que tem o costume de achar que o time é maior do que realmente é, mas às vezes age como se o time fosse menor.

Cena de “Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos”, de Pedro Almodóvar (1988). Coritiba ainda não tem motivos pra esse desespero todo.

A revolta depois de alguns jogos ruins mostra que o pessoal nas arquibancadas ainda não percebeu que ganhar o Paranaense é bacana, mas estadual tem que ser encarado como pré-temporada pra quem disputa outras coisas importantes durante o ano. Ainda mais quando o elenco está em fase de transição.

Os torcedores provavelmente não lembram, mas a histórica sequência de 24 vitórias no ano passado não aconteceu com um atropelamento atrás do outro. Claro que algumas partidas foram impecáveis, como as contra Atlético e Palmeiras. Mas teve muito um a zerinho sonolento ali no meio, contra times como Ypiranga, Caxias e Corinthians Paranaense.

A torcida também não se ligou que time algum no mundo (Barcelona não conta) consegue voar durante uma temporada inteira, que dirá em duas temporadas. Prova disso é justamente o ano passado: o “modo Barcelona” não durou um semestre. O resto do ano teve só lampejos daquela fase. Cobrar isso do Coxa é justamente achar que o clube é maior do que é.

Hoje, apesar dos tropeços, o Coxa continua construindo um recorde, agora de invencibilidade no estadual. A importância disso pode até ser discutível, mas na hora que um Guiness homologa o negócio todo mundo vai querer ostentar.

Não dá pra negar que o Coritiba tem seus problemas, que Marcelo Oliveira muitas vezes deixa a desejar, que Lincoln e Marcel já poderiam estar jogando melhor e que a diretoria vai ter que contratar mais jogadores. Mas o clube não está na iminência de uma tragédia. Não há o que justifique tamanho desespero a essa altura do campeonato.

March 2nd, 2012 | Published in Uncategorized  |  1 Comment


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